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Sobre os recomeços, num mundo (pós?) pandêmico

  • Foto do escritor: Luciana
    Luciana
  • 1 de abr. de 2022
  • 4 min de leitura


Olá, eu sou a Luciana Teixeira Azevedo, da ReluzTeixeira Consultoria, e estou de volta a divulgação do meu trabalho através das conexões virtuais.


Eu havia feito uma projeção para minhas metas de 2020 e 2021, mas essa crise sanitária veio e alterou toda nossa estrutura, literalmente .


Esse foi um período de ausência mas não de inércia, diante dos desafios impostos pela pandemia. Em 2022 estou retomando os trabalhos muito empenhada, porém dentro dos meus limites, de tudo que me é possível, útil e satisfatório.


Tenho investido na expansão de novos saberes, nos estudos, na aquisição da nova cultura devido minha expatriação, a adaptação do meu núcleo familiar e sobretudo no meu cuidado pessoal, por que sim, fui levada aos meus extremos, aos meus limites, enquanto pessoa, profissional, nas minhas relações comigo, com os outros e com o mundo.


Me permiti viver a intensidade dessa experiência incomum, mas sem cobranças por produtividade, de vida saudável como slogan: “de hoje tá pago", bem avessa a cultura good vibes.


Sem querer atender aos apelos da onda do momento, onde todo o tempo o ócio era execrado, desqualificado, tudo isso no meio do turbilhão de incertezas, perdas, números, estatísticas, testes, fake news, tristeza, angústia, desamparo, polarizações, ansiedade, por que saiba: a ansiedade dói real, mas é preciso ser psicoeducado para aprender que: tá tudo bem se já amanheceu mas o sol hoje não vai brilhar na minha fazendinha.


Entendam: o silêncio e a solitude podem ser altamente producentes, diante de um cenário de surto coletivo opinatório e confuso, onde tem gente demais falando e fazendo tutorial sobre tudo e o tempo inteiro.


É difícil encontrar diálogos que construam pontes… o que vemos são as sobreposições de opiniões , duelos de egos, e a tribunal inquisitório que joga na fogueira os seus cancelados.

Muitos críticos e especialistas em nada vendendo teorias sem pesquisa, nem embasamento, nem resultados consistentes que a sustentem.


E as nossas faltas, nossas carências e ausências que precisam e pode ser sanadas com o autoconhecimento, são morosamente alimentadas no conta-gotas da lei da oferta e da procura.


A escuta ativa virou artigo de luxo, e a nossa atenção tem peso monetário. Por esse motivo, só direciono a minha atenção para consumir conteúdos e pessoas que tenham valores que reverberem em mim, que me provoquem e agreguem.


Quero dizer com isso que me permito aos contrapontos, de corrigir e ser corrigida, desde que a forma não deslegitime o conteúdo, ou seja, o respeito as diversidades e as subjetividades são a minha bússola.


Qualquer coisa diferente disso, eu simplesmente me abstenho, ignoro me retiro. E tá tudo bem! Não sou obrigada a saber sobre tudo e nem a opinar sobre tudo. E não existe nenhum problema nisso. O silêncio nesse caso não se trata de omissão, mas sim de um mecanismo anti-stress, que colabore com a minha saúde mental.


É imprescindível que eu diga o quanto a minha Psicoterapia pessoal tem me ajudado no enfrentamento dos desafios da atualidade, porque além da bagagem que já trazia, da minha história, das minhas vivências , foi insuflado em mim as minhas questões nos mais variados aspectos da minha vida.


Interagindo com os colegas de profissão , foi unânime a informação do aumento da procura pelos serviços de psicoterapia.


Muito embora também tenhamos sido atingidos por uma grave crise econômica, ainda assim a população compreendeu que os atendimentos psiquiátricos e psicoterápicos são serviços de cuidado, logo, vistos como prioridade também.


Paralelo a demanda da população, veio a expansão dos serviços e atendimento online, completamente adaptados a nossa nova realidade.


Mas retomo minha observação: é imprescindível que o profissional do cuidado também seja cuidado. Que reconheça sua humanidade, sua vulnerabilidade. Psicólogo não é herói salvador e nem tão pouco tem a mente e o peito blindados.


Para além dos recursos e investimentos intelectuais e metodológicos, o profissional Psicólogo deve estar sob assessoria psicológica pessoal regular, bem como realizar a supervisão dos casos dos seus pacientes e clientes com um profissional que tenha um maior grau de expertise e senioridade no exercício da profissão.


Quis falar abertamente sobre isso porque de fato é o que eu acredito, e por tratar-se das questões éticas que regem a minha profissão, que bravamente vem rompendo preconceitos e barreiras, sendo construída e solidificada há anos antes da minha existência, e por isso manifesto todo meu respeito agradecimento a todos que contribuíram e contribuem para a sustentação dessa ciência e saberes tão importantes para a sociedade.


Sendo assim, aqui rememoro meu juramento:


“Como Psicóloga, juro colocar minha profissão a serviço da sociedade brasileira , pautando meu trabalho nos princípios da qualidade técnica e do rigor ético. Por meio do meu exercício profissional, contribuirei para o desenvolvimento da Psicologia como ciência e profissão na direção das demandas da sociedade, promovendo saúde e qualidade de vida de cada sujeito e de todos os cidadãos e instituições."


E você? Como tem sido sua rotina ao logo desses 2 anos de pandemia e a retomada do mundo (pós) pandêmico? Me conta também quais são as suas estratégias para manejar o stress e os conflitos cotidianos.


 
 
 

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